Livro

LIVRO

O final do velho livro esquecido
Com certeza a palavra tem sentido
A doce tragédia do coração partido
Podia não ter acontecido comigo

Todo sentimento que me é dispensado
Abria os olhos do futuro dourado
Conhecendo o meu passado
Sonhando viver descolado

Alguém me disse um dia qualquer
Que não existe uma razão sequer
O mundo sabe o que quer
Procure saber o que o livro quer

Harmônica, Bela e Pudor
Resume-se a história do meu amor
Choravas pelas noites ao senhor
O brilho das estrelas e o seu calor

Toda a imensidão
Sentida na canção
Desafia sua porção
Ao meio alma e coração

Agosto

Me levem deste universo paralelo ...
Meu delírio cada vez mais intenso...
Meu mundo de aspirações e inspirações...
Neste mes de gratas e ingratas surpresas...
saiu isso:

AGOSTO

É nuvem e estrela
Diga ao sol
Que uma senhora de rara beleza
Chegou ao atol

A lua que encontra o mar
Anunciou a chegada
Na madrugada a pensar
Sem concluir nada

Mudam as eras da vida
Passa o tempo estreito
Uma chance na partida
Seu perfume com o vento

Desculpe, sou uma criança
Na dança espacial
Hoje a esperança
De ser tudo igual

Metrô

METRÔ
Eu, vejo seu rosto
Estou agora, perdido no espaço
Senti o gosto
Procuro e não me acho
Aquelas velas podem parar
O tempo em sua vida,
Mas se tiver que esperar
Não procure outra saída
Sua alma gelada
Me transforma
Em um Senhor do Nada
Todo seu medo toma forma
Você é linda até demais
Já estou até perdendo a razão
Seus amigos são legais
Vivo em uma outra estação
No começo era uma lógica
De agora em diante
Será com vodka
A todo instante

HARMONIA INCÓGNITA

Esta passagem em forma de rima fala de agonias e andanças de uma pessoa.
Muitas vezes sou esta pessoa....

HARMONIA INCÓGNITA
Prédios pulguentos
Choros e lamentos
Histórias contadas
Palavras balbuciadas
A hora de discutir
O momento de surgir
O desejo de viver
Contrasta com o ser
Uma dimensão descoberta
Em uma viagem aberta
Caminhando sem destino
Quase desistindo
Eu nem sei em qual lugar
Vão pedir para eu parar

Depressa quero exterminar
Todo resquício que possa sobrar
Mas eu preciso disso
É como um vício
Quero saciar minha sede
Não me deito na rede
Um eterno calvário
Uma carta sem destinatário
Não sou cruel
Mas sinto o féu

Não que seja um rato de porão
Às vezes escrevo sem razão
Amigo de uma mulher
Que vive no Cabaret
O Guaíba eu naveguei
Pela Osvaldo andei
Wander, Bidê e Cachorro é bom
Estão no meu som
Um dia com um velho sermão
Vou pedir perdão
E eu ainda vou perguntar
Aonde vou parar